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Defenda seu direito à aposentadoria - Trabalhadores vão realizar protesto, na quarta-feira (20)

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Defenda seu direito à aposentadoria - Trabalhadores vão realizar protesto, na quarta-feira (20), contra a Reforma da Previdência. No Rio, ato será no Boulevard Carioca, a partir das 15h

A Reforma da Previdência do governo Bolsonaro, elaborada pelo Ministro da Economia Paulo Guedes e por banqueiros e empresários, praticamente põe fim ao sonho do brasileiro se aposentar. Como diz o ditado popular, não há nada tão ruim que não possa piorar. O atual projeto é ainda mais cruel para o trabalhador do que a proposta de Michel Temer.

Mas o povo brasileiro não vai aceitar calado este atentado a um direito tão precioso. A CUT (Central Única dos Trabalhadores, junto com outras centrais sindicais (CTB, CGTB, INTERSINDCAL, CSP-CONLUTAS), organizarão um ato nacional contra a Reforma da Previdência e em defesa do direito à aposentadoria, no próximo dia 20 de fevereiro, quarta-feira. No Rio, a manifestação será a partir das 15 horas, no Boulevard Carioca. Haverá distribuição de panfletos e tendas para esclarecer a população sobre os prejuízos da Reforma e os reais interesses do governo embutidos no projeto.

 As crueldades da proposta

 Se aprovada pelo Congresso Nacional, a idade mínima, independentemente do tempo de contribuição, será de 65 anos para homens e 62 para mulheres. Na regra atual, não há idade mínima, mas vale o tempo de contribuição 30 anos (mulheres) e 35 (homens), que somado à idade, tem de resultar no total de 86/96, respectivamente. O projeto atual de Bolsonaro prejudica os mais pobres, que são os que trabalham mais cedo. O período de transição é ainda mais curto do que o previsto no projeto do governo Temer, praticamente a metade do tempo: 12 anos em vez dos 20 anteriores. Isto significa que muito mais pessoas vão cair nas novas regras, piores para o trabalhador. Pela proposta, a idade mínima começa aos 60 anos (homem) e 56 anos (mulher), subindo meio ponto (equivalente a seis meses a cada dois anos, até atingir 65/62 anos. Outra opção é a soma da idade e tempo de contribuição, que começará em 86/96 e passará a subir um ponto a cada ano, a partir de janeiro de 2020. A terceira hipótese é se aposentar por tempo de contribuição (30 anos para mulher e 35 para homens), com pagamento de pedágio de 50% sobre o tempo de contribuição. Mas esta última opção só vale para quem estiver a dois anos da aposentadoria na data da aprovação da proposta.

Teto nunca mais

Se aposentar no teto, nem pensar. Para receber o valor integral, os brasileiros terão de contribuir para a Previdência, no mínimo, durante 40 anos, uma façanha quase impossível num país em que o desemprego é grande e a rotatividade altíssima – como é o caso dos bancários.  As alterações na legislação trabalhista implementadas por Temer, como o trabalho intermitente, que permite contrato com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, praticamente eliminam a chance do trabalhador se aposentar.

Servidor público

Os servidores públicos terão a mesma regra, partindo da idade mínima de 55 anos (mulheres) e 60 anos (homens), acrescentando meio ponto a cada ano até atingir 62/65. Já as castas privilegiadas de militares, juízes e políticos, ficaram de fora da reforma.

O governo Bolsonaro mal assumiu e desviou R$600 bilhões da Seguridade Social para cobrir os rombos da dívida pública, uma prática vergonhosa realizada nos últimos anos. Ou seja, dinheiro tem, mas os governos preferem pagar juros aos bancos do que garantir uma aposentadoria digna para os brasileiros. Os banqueiros fazem a dívida pública explodir e você, como sempre, é quem paga a conta. É hora de reagir.

 

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