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Média diária de casos e mortes por Covid-19 no Brasil se aproxima do pico de julho

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A segunda onda de Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, está paralisando países da Europa – na Alemanha um lockdow vai fechar tudo entre a próxima quarta-feira (16) e o dia 10 de janeiro -, mas economia vem em primeiro lugar em países como o Brasil, onde não se fala em restrições mais rígidas para conter o avanço da pandemia, mesmo sem um plano viável de imunização da população.

Apesar da média móvel diária de casos confirmados de Covid-19 estar se aproximando do pico de julho, São Paulo e Rio de Janeiro, dois dos estados mais afetados pela doença, ampliaram o horário de shoppings – no Rio ficarão abertos 24 horas e em SP, 12 horas.

Enquanto isso, os números de casos e mortes seguem subindo rapidamente. No total, desde o início da pandemia, o Brasil registrou 6.901.952 casos de Covid-19 e 181.402 óbitos, segundo os dados divulgados neste domingo pelo Ministério da Saúde.

Segundo o Monitora Covid-19, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (ICICT/Fiocruz), em 29 de julho foram registrados no país 46.393 novos casos da doença, em 6 de novembro a média tinha atingindo o mínimo de 16.727, mas os dados atualizados deste domingo (13) apontaram alta de 42.630,29 casos novos. Na sexta-feira (11), o país notificou 43.179,86 casos na média móvel de sete dias.

Já quanto ao registro de óbitos em médias móveis, o país se manteve num patamar acima de 900 casos por dia entre 23 de maio e 27 de agosto. A queda se manteve constante até o pico mínimo de 323,86 no dia 11 de novembro. No domingo passado a tendência de alta se consolidava com 586,86 e ontem foram 637,29 mortes causadas pela covid-19 no país.

De acordo com o consórcio de imprensa, que divulga dados mais atualizados das secretarias estaduais da Saúde, o país registrou 276 mortes pela Covid-19 neste domingo (13), chegando ao total de 181.419 óbitos desde o começo da pandemia, aumentando a média móvel de mortes dos últimos 7 dias para 637 (variação foi de +23% em comparação à média de 14 dias atrás).

Ainda de acordo com os dados do consórcio, o país tem 6.901.990 brasileiros contaminados, sendo que 21.395 foram confirmados no domingo.  A média móvel nos últimos 7 dias foi de 42.721 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de +20% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de alta também nos diagnósticos.

E neste domingo, 18 estados e o Distrito Federal apresentaram alta na média móvel de mortes: PR, RS, SC, ES, MG, SP, DF, MS, MT, AC, AP, RO, RR, TO, AL, BA, PB, PE, e RN. Outros quatro estão em estabilidade, ou seja, o número de mortes não caiu nem subiu significativamente RJ, PA, PI e SE. Em apenas três as mortes estavam em queda ontem: AM, CE e MA. E Goiás não repassou os dados.

Rio de Janeiro

A prefeitura do Rio de Janeiro informou ontem que a rede municipal possui atualmente 918 leitos para Covid-19, sendo 288 em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Em toda a rede do Sistema Único de Saúde  (SUS), que inclui as unidades municipais, estaduais e federais, o município está com ocupação de 93% dos leitos para covid-19 em UTIs e de 92% nos leitos de enfermaria.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a rede SUS na capital está com 1.401 pessoas internadas em leitos especializados para Covid-19, sendo 600 em UTIs. Cerca de 400 pessoas aguardam transferência, 205 delas para leitos de UTIs. O número de pessoas internadas praticamente dobrou desde o início de novembro.

São Paulo

O Estado de São Paulo, que ja fala em reativar hospitais de campanha, registrou até este domingo (13) 44.018 óbitos e 1.180.726 pessoas contaminadas. 

Segundo dados do governo estadual, as taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 65,1% na Grande São Paulo e 59,3% no Estado. O número de pacientes internados é de 10.805, sendo 6.105 em enfermaria e 4.700 em unidades de terapia intensiva, conforme dados das 12h deste domingo.

Nos hospitais particulares, já se fala rm taxa de mais de 80% de ocupação de leitos de pacientes com Covid-19.

Estados Unidos

Os Estados Unidos devem iniciar nesta segunda-feira (14) a vacinação contra Covid-19 com a vacina desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech, que já está sendo aplicada no Reino Unido desde a semana passada.

Nos EUA, a  vacina recebeu no domingo (13) a aprovação do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão de saúde dos EUA, para o começo da campanha. Profissionais de saúde na linha de frente devem ser os primeiros a receberem suas doses.

Alemanha

Todos os estabelecimentos comerciais não essenciais, assim como as escolas e creches, permanecerão fechados na Alemanha a partir da próxima quarta (16), até 10 de janeiro, anunciou neste domingo (13) a chanceler Angela Merkel. O objetivo é frear a segunda onda do coronavírus.

Com este confinamento parcial, as empresas deverão permitir aos funcionários que trabalhem de casa ou facilitar as férias durante as próximas três semanas e meia.

O número de novas infecções diárias se aproximou de 30 mil na sexta (11) e no sábado (12), muito acima da média diária da primeira onda, que a Alemanha conseguiu controlar de modo mais eficiente que a maioria dos países europeus. O recorde de mortes em apenas um dia foi na quinta (10), com 598. (AFP).

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