Após mais de dois meses de queda, Brasil volta a registrar número casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19) próximo a 50 mil por dia. Foram 47.724 novos casos e 564 mortes em 24 noras - o maior registro desde o dia 2 de setembro.
A alta pode estar relacionada ao ataque de hacker no sistema do Ministério da Saúde, que obrigou a pasta até a bloquear o acesso à internet. Depois de cinco dias, o sistema voltou a funcionar e a maioria dos estados conseguiu acessar o Data SUS, mas ainda vai levar algum tempo até que os dados sejam 100% atualizados.
Mesmo assim, o país já registra um total de 163.406 vidas perdidas e 5.749.007 pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o inicio da pandemia, em março.
São Paulo, estado com o maior número de mortes do país, voltou a divulgar o balanço de casos e óbitos depois de cinco dias sem conseguir acessar o sistema do SUS. Foram registrados em 24 horas 190 novas mortes e 25 mil casos de Covid-19. No total, desde o início da pandemia, SP registrou 39.907 óbitos e 1.150.872 casos da doença.
A Secretaria de Saúde ressaltou que o número de mortes divulgado ainda é, possivelmente, menor do que o número real, porque a instabilidade do sistema também afetou municípios que teveram dificuldade para inserir os registros de mortes.
Minas Gerais, o segundo estado brasileiro com maior número de casos, não informou o número de mortes nesta quarta-feira (11). O estado soma 374.651 vidas perdidas, e é pela Bahia, que registra 367.669 mortes, Rio de Janeiro (320.598), Santa Catarina (283.252) e Ceará (279.989).
Já em número de mortos, o Rio é o segundo estado com mais vítimas, somando 20.970 óbitos. Em seguida vêm Ceará (9.418), Minas Gerais (9.204), Pernambuco (8.773) e Bahia (7.859).
No Brasil, a taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes subiu para 77,7, uma das mais altas do mundo – só fica abaixo dos índices registrados no Bélgica (118,73), Peru (109,23) e Espanha (84,21) e Chile (78,01), não levando em conta os países nanicos San Marino e Andorra.