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Pesquisa do CESTEH/FIOCRUZ aponta que inseticida danifica DNA de agentes de combate as endemias

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A Pesquisa do CESTEH/FIOCRUZ com colaboração do Instituto Nacional do Câncer--INCA  e UNIRIO aponta que inseticida danifica DNA de agentes de combate as endemias podendo levar ao câncer. A conclusão foi apresentada em um evento denominado "Encontro do CESTEH 2023", realizado na sede da Instituição no Rio de Janeiro no dia 06 de dezembro de 2023 a  atividade contou com presença de trabalhadores, sindicatos, pesquisadores e alunos.

O mesmo trabalho cientifico já havia identificado a ocorrência de mortes precoces entre os trabalhadores que atuam no combate as endemias no Estado do Rio de Janeiro, ou seja, aos 55 anos o que é bem abaixo da expectativa de vida dos brasileiros conforme dados do  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE que é 76 anos.

A pesquisa nesta fase que é ainda de apresentação resultados parciais mostram possibilidade de alterações no DNA, observados por presença de quebras (MN) e maior expressão gênica (aumento na frequência de broto nuclear) entre os ACEs, comparados ao controle, revelando possível risco carcinogênico a que estes indivíduos estão expostos em seu ambiente de trabalho. 

Em uma linguagem simples para entendimento, foi apontada alteração nas reproduções das células dos trabalhadores expostos aos inseticidas o que pode levar em via de regra ao câncer, informação compatível com os dados da IARC que afirmou ser o malathion um veneno mutagênico, causador de câncer.

Outro dado importante destacado no evento foi a constatação de contaminação por DDT (Dicloro-Difenil-Tricloroetano)em uma grande parcela destes trabalhadores em combate as endemias, embora o inseticida tenha sido banido no ano de 2009 no Brasil, enquanto em outros paises no anos 70.

A queda de imunidade causada pelos inseticidas nestes trabalhadores de combate as endemias foi um resultado encontrado em uma das vertentes da pesquisa.

 

Não se tem como tolerar nem mais um minuto, a exposição dos trabalhadores aos inseticidas, pois não há dose segura para utilização de venenos que veem matando os nossos trabalhadores e trabalhadoras todos os dias, isso é um caso de extremo abandono dos trabalhadores de combate as endemias a própria sorte, sem equipamentos de protecão indidual (EPI),  exames médicos periódicos, enfim sem nenhum cuidado para preservar a vida, afirmou Sandro Cezar, agente de combate as endemias, dirigente do SINTSAUDERJ  e Presidente da Central Única dos Trabalhadores no Estado do Rio de Janeiro-CUT/RJ.

Apresentações feitas durante o evento "ENCONTROS DO CESTEH 2023", realizado no Cesteh em 6/12/2023, com informações e resultados parciais do "Projeto Integrador Multicêntrico: Estudo do impacto à saúde de agentes de combate às endemias/guardas de endemias pela exposição a agrotóxicos no estado do Rio de Janeiro":

Apresentação Ariane Larentis: Apresentação geral do Projeto

Apresentação Priscila Vidal: Resultados do questionário on-line

Apresentação Marcus Vinicius Santos: Qualidade do sono e efeitos à saúde dos trabalhadores expostos aos agrotóxicos no combate às endemias

Apresentação Ana Paula Neves: Biomarcadores de exposição, de efeito e clínicos

Apresentação Victória Lyra: Avaliação preliminar do número, crescimento e produção de óxido nítrico das células imunes dos trabalhadores, agentes de combate às endemias, expostos a pesticidas no Rio de Janeiro

Apresentação Thayná Santos: Uso do teste do micronúcleo para avaliar efeitos genotóxicos em agentes de combate às endemias expostos a agrotóxicos no Rio de Janeiro

 

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