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Trabalhadores não podem pagar o pato na Reforma da Previdência

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Escrito por: Sandro Cezar

O dia de ontem(20/02), foi o dia que as Centrais Sindicais e seus sindicatos filiados foram as ruas contra a Reforma da Previdência de Bolsonaro e o seu Posto Ipiranga, o Ministro da Economia Paulo Guedes. No mesmo momento o Presidente da República entregava a píor proposta de Reforma da Previdência da nossa história ao Congresso Nacional.

Os trabalhadores brasileiros não podem e nem vão pagar o pato de um déficit inexistente na previdência social, o que tem por detrás disso é uma tentativa de entregar a previdência social brasileira ao setor financeiro com uma mudança do atual sistema de repartição simples para o malfado sistema de capitalização. No Brasil muitos ouviram falar das quebras de vários fundos de pensões privados.

No atual modelo, baseado no pacto de gerações, os trabalhadores que estão no mercado de trabalho contribuem para pagar as aposentadorias e pensões dos que já estão aposentados. Já no proposta do governo a principal inovação será a abertura de uma conta individual cujos os valores das contribuições serão definidos, mas os valores das aposentadorias serão incertos, fazendo certamente que no futuro os trabalhadores possam ter valores muito menores de proventos quando comparado com o atual modelo. 

Este modelo de capitalização já foi implementado no Chile e hoje aquele país tem alto índice de suicídios de aposentados que não conseguem garantir o seu próprio sustento, fruto de uma politica lucro acima da vida.

No  Brasil o sistema de seguridade social, grande conquista do povo na Constituição Cidadã de 1988, vem sofrendo o mais brutal ataque com a desvinculação do valor do Benefício de Prestação Continuidade(BPC) do valor do salário minímo, o que lançará na mais profunda miséria os idosos que ajudaram a construir a nação, mesmo que não tenham contribuído formalmente para a previdência social.

O Estado ineficiente, nas cobranças das dívidas das empresas privadas com a previdencia social, quer arremessar nas costas dos trabalhadores o peso da sua própria vontade de agraciar os ricos que sonegam tributos e contribuições que formam o caixa da seguridade social.

Recente CPI da Previdência do Senado Federal concluiu que não há déficit previdenciário no Brasil, o que falta é capacidade gerencial ao Estado, que é excelente subsidiador do capital privado com enormes desonerações fiscais, atuar nas retomadas dos valores sonegados.

O SINTSAUDERJ estará participando das lutas contra a reforma da previdência que atinge a todos os trabalhadores, mas coloca os trabalhadores do setor público como culpados de um dívida que não existe.

Clique aqui e leia as primeiras avaliações do DIEESE e a da CUT sobre a reforma da previdência de Bolsonaro

*Sandro Alex de Oliveira Cezar é Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social da Central Única dos Trabalhadores-CNTSS/CUT e Secretário Geral do SINTSAUDERJ

 

 

 

 

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